por Renan Portes

A primeira coisa que temos que fazer a respeito é desmistificar o esporte, pois, quando se fala de FA, a primeira noção quem vem à cabeça das pessoas é a violência. Quando não é a violência é o amontoado de gente se batendo e sem empilhando. Daí as pessoas pensam: que esporte idiota. Eles entram em campo para se bater. Pois bem, nada disso é verdade e eu logo explicarei.
Vamos começar pelas origens do esporte. O FA é uma modalidade que pode-se dizer, se originou lá no fundinho, do nosso soccer. Sim, pois do soccer nasceu o rugby, que foi quando os jogadores começaram a conduzir a bola com as mãos e mais tarde “ovalaram-na”. Daí pra frente os jogadores de rugby inventaram novas regras, que deixariam o esporte mais atrativo.

O FA é um esporte competitivo de equipe, que recompensa a velocidade, agilidade, capacidade tática e força bruta dos jogadores que se empurram, bloqueiam, perseguem uns aos outros, tentando fazer avançar uma bola em território inimigo durante uma hora de tempo de jogo, dividida em quatro períodos de 15 minutos, que se transforma em três ou quatro de tempo real. É freqüente ver no futebol americano uma metáfora para a guerra, com muita violência pessoal a ter lugar dentro do campo, com jogadores pesando 150kg ou mais a empurrar-se mutuamente com cada grama do seu peso, e com uma linha de frente claramente definida, que se move para trás e para a frente ao longo do campo, separando as equipes de ataque e defesa.
Mas qual o objetivo? Simples: marcar touchdowns. E como se faz isso? As equipes precisam conduzir a bola oval até a end zone adversário, ou seja, até o fim do campo adversário. À grosso modo, é como brincar de bandeirinha. Se lembra de quando você brincava disso na rua de casa? Pois é ! Chegando do outro lado do campo, o touchdown é anotado, e garante seis pontos ao time que lá chegou. E é aí que mora toda a lógica do jogo.
Em um campo de 100 jardas, a equipe que ataca precisa andar de 10 em 10 jardas, conquistando território. Para isso ela tem quatro tentativas. Se consegue atingir as dez jardas em até quatro tentativas, avança no campo e conquista um novo first down, ou seja, uma nova série de quatro tentativas para andar mais 10 jardas. Aqui, o time que está atacando estuda a defesa adversária,

Tudo bem Renan. Você já falou que o objetivo é chegar do outro lado e marcar mais pontos. Mas, porque tanta brutalidade, pancadaria, força? Na verdade, por incrível que pareça, o esporte coíbe a violência. Existem maneiras que são permitidas para atingir o adversário, técnicas precisas, pontos no corpo do adversário que podem ser atingidos, e momentos em que o contato pode ocorrer. Nada é à revelia. Existem punições para excessos dentro de campo e fora dele, como em uma espécie de Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no Brasil. E mais uma coisa. Como praticante do esporte, digo por experiência própria que quem dá o tackle (nome dado ao combate no jogador adversário) tem que saber executá-lo, pois do contrário, corre o risco de se

Viram só?! O Futebol Americano é um esporte literalmente coletivo, onde mais do que em qualquer outro esporte, a união faz o sucesso. Não é como no soccer que uma pessoa consegue “carregar o piano sozinha”; e, além de tudo, é um esporte democrático, pois pessoas de todo biótipo podem praticá-lo.
Bem, espero que nosso primeiro contato tenha sido bastante explicativo e esclarecedor para você amigo leitor. Gostou? Quer aprender mais? Então não deixe de acompanhar todas as quintas-feiras a coluna sobre o Futebol Americano, que vai falar um pouco da história, da pratica da modalidade no Brasil e aqui em Campo Grande também.
Tackles (de leve) à todos!
é jornalista
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